“Conflitos existenciais tomam conta da minha cabeça. De onde vim? Quem eu sou? Por que estou aqui? Para onde vou?” diz a canção Conflitos Existenciais da banda gaúcha Cachorro Grande.
Tal verso exprime a doença humana de querer explicação para tudo e, com isso, estar sempre complicando a vida.
Procurando a resposta para a questão fundamental da vida sobre de onde o Homem veio, o porquê, para onde vai etc., o ser humano inventou a filosofia. Os filósofos, se não criaram, reforçaram a Moral, que se baseia em tudo o que é aceito ou não por um indivíduo ou grupo deles. A partir daí, viu-se que não é possível cada um viver do seu jeito e ser feliz desta maneira. Então, tudo se tornou mais complicado para os homens.
De que modo seriam mais felizes senão vivendo conforme os seus instintos? Se Maria quisesse ter relações sexuais com todos os homens que lhe cruzassem o caminho, assim o faria. E se acabasse por engravidar e não quisesse parir, se fosse de seu agrado abortar, que assim o fizesse. Se, então, João resolvesse utilizar o feto rejeitado para realizar estudos sobre determinada doença degenerativa, maravilha, o faria, pois tal objeto de estudo seria desperdiçado mesmo.
Parece absurdo pensar desta maneira quando não se pode viver assim.
Pois bem, absurdo é pensar que o homem inventou a Moral justamente para encobrir atitudes tão naturais e tornar árdua a existência humana.
Seria inaceitável que a vida instintiva acontecesse se, de fato, já não acontecesse. Ocorre que sim, a Maria pode se relacionar com quantos homens quiser se conseguir que todos não fiquem sabendo. Se engravidar poderá abortar a gestação se também ninguém ficar sabendo. E o mesmo poderá ocorrer com João. No entanto, esses dois últimos seriam proibidos no Brasil, pois há países em que, se a Moral de terceiros insistir em negar, ninguém pode dizer nada já que esses fatos são aceitos pela Constituição.
E terá sempre aquele que diz “a Moral é algo particular de cada um, segue mesmo quem quer, o que dita as regras em sociedade é o Direito”. Impossível levar tal afirmação em consideração, já que o Direito é duramente influenciado pela Moral da maioria da sociedade ou pela classe que o está ditando.
Por exemplo, no Brasil, mesmo que uma pessoa não veja mal algum em tomar sol nua no gramado de uma praça, ela não poderá fazê-lo, pois a Moral dos bons costumes brasileiros não permite e está no Código Civil do país que tal ato é penalizado como “atentado ao pudor”, ou seja, a pessoa não comete malefício a outra pessoa ou ser vivo, mas ao “pudor”, algo invisível e meramente moral.
Mas, se por acaso, esta pessoa resolve realizar sua vontade na Alemanha, terá ainda companhia, já que neste país tem-se isso por natural. Nem a Moral dos alemães, nem a Constituição deles irão impedi-la.
A solução para tornar a vida humana menos complicada seria baseá-la totalmente na Ética que é muito mais democrática e justa, uma vez que é universal e baseia-se na conduta correta. Se assim fosse possível, poderíamos abolir juntamente com a Moral o Direito, já que tal instrumento se tornaria desnecessário. Pois, tanto a Moral como o Direito surgiram com o intuito de organizar a vivencia humana e torná-la mais fácil e não para subjugá-la e fazer os indivíduos infelizes com os abusos que sempre foram cometidos por quem tem o poder de modificar as regras.
Ver-se-ia que não se deve cometer alguma ação quando esta é prejudicial a alguém. Que se uma pessoa acredita em qualquer misticismo ela não deve tentar fazer com que os outros a sigam e muito menos que a sociedade baseie-se em tal crença.
Se isso fosse possível, as pessoas seriam verdadeiramente felizes, pois não precisariam mais negar a maioria de seus desejos, se aceitariam cada um como é e viveriam muito menos preocupadas.
Mas, enfim, enquanto não se alcança a Utopia, a pessoa que assina este artigo tenta lidar com moralismos aos quais abomina ou sente-se prejudicialmente presa.
Tal verso exprime a doença humana de querer explicação para tudo e, com isso, estar sempre complicando a vida.
Procurando a resposta para a questão fundamental da vida sobre de onde o Homem veio, o porquê, para onde vai etc., o ser humano inventou a filosofia. Os filósofos, se não criaram, reforçaram a Moral, que se baseia em tudo o que é aceito ou não por um indivíduo ou grupo deles. A partir daí, viu-se que não é possível cada um viver do seu jeito e ser feliz desta maneira. Então, tudo se tornou mais complicado para os homens.
De que modo seriam mais felizes senão vivendo conforme os seus instintos? Se Maria quisesse ter relações sexuais com todos os homens que lhe cruzassem o caminho, assim o faria. E se acabasse por engravidar e não quisesse parir, se fosse de seu agrado abortar, que assim o fizesse. Se, então, João resolvesse utilizar o feto rejeitado para realizar estudos sobre determinada doença degenerativa, maravilha, o faria, pois tal objeto de estudo seria desperdiçado mesmo.
Parece absurdo pensar desta maneira quando não se pode viver assim.
Pois bem, absurdo é pensar que o homem inventou a Moral justamente para encobrir atitudes tão naturais e tornar árdua a existência humana.
Seria inaceitável que a vida instintiva acontecesse se, de fato, já não acontecesse. Ocorre que sim, a Maria pode se relacionar com quantos homens quiser se conseguir que todos não fiquem sabendo. Se engravidar poderá abortar a gestação se também ninguém ficar sabendo. E o mesmo poderá ocorrer com João. No entanto, esses dois últimos seriam proibidos no Brasil, pois há países em que, se a Moral de terceiros insistir em negar, ninguém pode dizer nada já que esses fatos são aceitos pela Constituição.
E terá sempre aquele que diz “a Moral é algo particular de cada um, segue mesmo quem quer, o que dita as regras em sociedade é o Direito”. Impossível levar tal afirmação em consideração, já que o Direito é duramente influenciado pela Moral da maioria da sociedade ou pela classe que o está ditando.
Por exemplo, no Brasil, mesmo que uma pessoa não veja mal algum em tomar sol nua no gramado de uma praça, ela não poderá fazê-lo, pois a Moral dos bons costumes brasileiros não permite e está no Código Civil do país que tal ato é penalizado como “atentado ao pudor”, ou seja, a pessoa não comete malefício a outra pessoa ou ser vivo, mas ao “pudor”, algo invisível e meramente moral.
Mas, se por acaso, esta pessoa resolve realizar sua vontade na Alemanha, terá ainda companhia, já que neste país tem-se isso por natural. Nem a Moral dos alemães, nem a Constituição deles irão impedi-la.
A solução para tornar a vida humana menos complicada seria baseá-la totalmente na Ética que é muito mais democrática e justa, uma vez que é universal e baseia-se na conduta correta. Se assim fosse possível, poderíamos abolir juntamente com a Moral o Direito, já que tal instrumento se tornaria desnecessário. Pois, tanto a Moral como o Direito surgiram com o intuito de organizar a vivencia humana e torná-la mais fácil e não para subjugá-la e fazer os indivíduos infelizes com os abusos que sempre foram cometidos por quem tem o poder de modificar as regras.
Ver-se-ia que não se deve cometer alguma ação quando esta é prejudicial a alguém. Que se uma pessoa acredita em qualquer misticismo ela não deve tentar fazer com que os outros a sigam e muito menos que a sociedade baseie-se em tal crença.
Se isso fosse possível, as pessoas seriam verdadeiramente felizes, pois não precisariam mais negar a maioria de seus desejos, se aceitariam cada um como é e viveriam muito menos preocupadas.
Mas, enfim, enquanto não se alcança a Utopia, a pessoa que assina este artigo tenta lidar com moralismos aos quais abomina ou sente-se prejudicialmente presa.
poh!..escreve mais!!!
ResponderExcluir;-)